sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

No Silêncio Há Gritos De Socorro!

         Gritos em silêncio se ouvem do coração de pessoas que passam por momentos de profunda angústia. Não podem ser ouvidos por qualquer um, mas podem ser sentidos por aquele a quem o angustiado tem profunda admiração e amizade.
         Muitas vezes o amigo é o único porto seguro mais próximo, a única tábua para um pequeno descanso no mar extremamente agitado da vida. E muitas vezes ele não que muito: apenas que ouça o seu grito silencioso de socorro; porque pedir socorro a um amigo nunca foi um ato vergonhoso.
         Ao colocar o seu coração a gritar por socorro, a pessoa está se sentindo no fundo do poço e não vê outra saída a não ser a mão do amigo à sua frente. Mas como entender que existe alguém à nossa volta gritando em silêncio por um pouco de atenção?
         Ah, o dom da amizade: esse não é encontrado nas portas do boteco; muito menos dentro dele como dizem por aí. Ele nasce de muitas lutas e conquistas, muitos sofrimentos e sorrisos, muita convivência harmoniosa entre duas pessoas que entendem o que Deus quer quando colocou elas lado à lado e na direção de um objetivo: levar esperança e criar oportunidades em atividades consideradas impossíveis por alguns a um determinado grupo da sociedade.
         Quando o coração de alguém grita em silêncio por socorro, ele está pedindo ajuda a quem ele tem confiança, a quem ele tem admiração, a quem ele acredita que pode ser um pouco de alívio contra as angústias que sufocam sua alma, afinal, "amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, dento do coração". Por isso o grito silencioso de socorro é feito de coração pra coração, de alma pra alma; em resumo: de amigo pra amigo.
         Se você tem um amigo verdadeiro, amigo a quem você estima muito, não custa nada estender a ele um olhar caridoso e interpretativo: ele pode estar precisando muito de você e não encontra forças para pedir ajuda; então o seu coração emite esse grito silencioso de socorro que você pode até interpretar como um ato que te aborreça, que te aflija, mas que na realidade é a forma mais explícita de te pedir: por favor, me ajude!

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