sexta-feira, 14 de agosto de 2015

A chegada da pavimentação asfáltica em Quatro Marcos

         A expansão de emancipação política e administrativa de municípios na região Oeste de Mato Grosso, principalmente na microrregião do Vale do Jauru, foi primordial para que o governo do Estado criasse estratégias de investimento asfáltico na malha viária estadual da MT-175 e MT-170.
         Pela MT-175 os municípios de Mirassol D´Oeste, São José dos Quatro Marcos e Araputanga foram diretamente beneficiados, visto que o asfalto iniciou no entroncamento do Cacho, ou seja, na BR-174, e se estendeu até a cidade de Araputanga. O asfaltamento da MT-175 se deu no governo estadual de Júlio José de Campos entre os anos de 1.985 e 1.986.
Chegada do asfalto em Quatro Marcos - Avenida São Paulo
         Em São José dos Quatro Marcos a chegada do asfalto ocorreu por esta rodovia, sendo duplicada no perímetro da cidade, visto que neste trecho ela já possuía a denominação de Avenida São Paulo - nome dado em homenagem aos pioneiros e fundadores vindos das cidades paulista. A pedido do então prefeito Durvalino Peruchi, o governador autorizou a empresa a asfaltar também as ruas no entorno da Praça dos Bandeirantes e suas vias de ligação com a Avenida São Paulo.
Asfalto foi autorizado para o entorno da Praça dos Bandeirantes
         A terraplanagem para o asfaltamento da Avenida São Paulo foi um processo de grandes esperanças. Por ser ela parte da rodovia, o trânsito pesado constante levantava muita poeira, prejudicando os comerciantes nela instalados. Aguar as ruas era um ato normal para amenizar o incômodo da poeira nos estabelecimentos.
         A preparação da avenida para lançar o asfalto contou com inúmeros caminhões transportando cascalho. Eram duas fileiras de montes colocados um ao lado do outro em toda a extensão da avenida para elevar o nível do solo.
Governador Julio Campos inaugura lançamento da lama
         O lançamento da lama asfáltica foi marcado por uma grande movimentação populacional e ato político, com diversas autoridades e até mesmo com a presença do governador Júlio Campos. A concentração de lançamento se deu no cruzamento das avenidas São Paulo e Mato Grosso, precisamente de frente com o Supermercado Lima.
Concentração populacional em frente o supermercado Lima

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Primeira legislatura de Quatro Marcos homenageia fundadores

         A primeira legislatura de vereadores de Quatro Marcos homenageou dois dos três fundadores do município com o título de Cidadão Quatromarquense. A solenidade foi realizada em sessão plenária no dia 08 de setembro de 1.983. Receberam o título Zeferino José de Matos e Luiz Barbosa. O outro fundador, Miguel Barbosa do Nascimento, não foi homenageado com o título visto já ser falecido.
         O vereador José Valverde Filho, propôs o projeto de decreto legislativo nº 03/83 homenageando Zeferino José de Matos. Em sua justificativa citou que foi com muito esforço e esperança que Zeferino tornou seu sonho em realidade, indo além de criar uma cidade, dando início a um próspero município.
         “Sabemos que seu ideal era formar uma cidade, prova disto foi a sua missão grandemente árdua, que não foi em vão, pois logo após sua chegada demonstrou seu interesse e entusiasmo por esta terra, adquirindo terrenos e loteando-os”.
Fundador Zeferino José de Matos e o vereador José Valverde Filho
         Já o vereador Antônio Vasconcelos, através do projeto de decreto legislativo nº 06/83, homenageou Luiz Barbosa, por ser um dos fundadores, por ter dedicado os passos de sua vida e seu trabalho numa luta contínua para a concretização de sua sonhada aspiração, isto é, progresso para a comunidade.
         “Devido ao seu esforço e à sua luta, Quatro Marcos vem se desenvolvendo, motivando e atraindo a população a participar de seu ideal, despertando também grande interesse na migração em busca de melhores condições de vida”.
Fundador Luiz Barbosa e o vereador Antônio Vasconcelos

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

De quatro tocos nasce o município de São José dos Quatro Marcos

         Até o ano de 2.010 não havia nenhum registro referencial sobre a data correta da fundação de São José dos Quatro Marcos. Essa falta de registro levava as pessoas a terem dúvidas, visto que foi em 1.966 que se construiu uma escolinha para atender os filhos dos sitiantes e trabalhadores daquela região. E também pela existência dos quatro tocos que demarcavam as suas propriedades e que eram um referencial da escolinha.
Bandeira do Município simboliza os quatro tocos da Fundação
           Nilze José de Matos, filho de Zeferino José de Matos, esclarece sobre a data de fundação de São José dos Quatro Marcos. A referência à data oficial de fundação ele citou no documentário “Eles Acreditaram”, produzido pelo Departamento de Cultura do município no ano de 2.010. “No dia 15 de junho de 1.967 iniciou o eixo do patrimônio (...), cujo eixo começou na esquina dos quatro tocos, a gente chamava de quatro tocos porque eram quatro glebas”.
           Ao se referir aos quatro tocos como eixo inicial do patrimônio, Nilze deixa claro que eles já estavam ali; que foram fincados por ocasião de demarcação dos lotes de terras comprados pelos três fundadores Zeferino, Miguel e Luiz. Que os três, juntamente com a equipe de demarcação de terras, os fincaram para delimitar seus sítios.
           No mesmo documentário, Valdecir Barbosa de Souza, filho de Luiz Barbosa, explica a importância dos quatro marcos antes e após a demarcação. “Era um ponto de encontro. (...) As pessoas falavam assim: vamos nos encontrar lá nos quatro marcos”.
           Na mesma linha de informação, Fidélis José de Souza, um dos pioneiros que ajudou a construir a primeira escolinha em 1.966, recordou que onde existia os quatro marcos separando os lotes de terras de Zeferino José de Matos, Luiz Barbosa e Miguel Barbosa do Nascimento, passava uma picada que dava acesso a Mirassol D`Oeste. Uma outra picada partindo desta, dava acesso a vários sítios da região, no sentido do atual distrito de Santa Fé D´Oeste. No mais, era tudo mata virgem.
           Para ele, foi na festa de aniversário de um ano da escolinha que, estando reunidos Zeferino, Miguel Barbosa, Luiz Barbosa e outros pioneiros da localidade, que surgiu a ideia de escolher um santo para ser o padroeiro. E escolheram São José. Como Zeferino tinha o sonho de construir uma cidade naquela região, optou-se por ser ali: São José dos Quatro Marcos. Este dia era 15 de junho de 1.967.
           Já Inivaldo Mila, o professor que não desistiu, recordou que vieram em 1.966 para a região de São José dos Quatro Marcos para plantar café, num sítio que seu pai havia adquirido. Segundo ele, era só mato. E a escolinha era numa esquina. E tinha um campinho. E a localidade era derrubado novo. O resto era só mato. Ele chegou a frisar que não havia mais nada, a não ser mato na região. Ele começou a dar aulas em 1.967, com a reabertura da escolinha.
           Com a compra dos lotes de terras, os três fundadores convidavam parentes, amigos, conhecidos e empregados para se deslocarem de suas origens e fincarem raízes neste horizonte que eles vislumbravam. Muitas outras famílias também se deslocavam para a região, visto que o Governo Federal e do Estado de Mato Grosso investiam pesado em propaganda de venda de terras devolutas na região Oeste do Estado.
           Portanto, as famílias que se instalavam na região possuíam algum vínculo de conhecimento ou grau de parentesco e, por isso, se ajudavam mutuamente no desbravamento das terras, nas plantações e colheitas de suas produções agrícolas. E, lá na roça mesmo, já combinavam o encontro nas tardes ou nos finais de semana para se reunirem e se divertirem. Daí a frase: “vamos nos encontrar lá nos quatro marcos”.
           Esse “ponto de encontro” foi se desenvolvendo e ganhando forma, visto que eram doados terrenos para a construção de moradias e comécios. O local crescia e Zeferino, juntamente com Luiz Barbosa e Miguel Barbosa do Nascimento, iniciaram o patrimônio no dia 15 de junho de 1.967 a partir dos quatro tocos ali existentes.
           Ao idealizar e propor a fundação de uma cidade, Zeferino José de Matos planejara que as primeiras ruas e avenidas a serem abertas levariam o nome dos estados brasileiros. A principal delas recebeu o nome de Avenida São Paulo, em homenagem aos fundadores e primeiros pioneiros que vieram do estado de São Paulo.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A chegada do cinema em São José dos Quatro Marcos

         A presença de uma sala de cinema em São José dos Quatro Marcos remonta proximidade com o meado da década de 1.970. O patrimônio iniciado em 1.967 se expandia e a instalação de um cinema era o primeiro passo para a formação de espaços de cultura e de lazer para a população local.
         No ano de 1.973 chegava no patrimônio, Conceição Marcolino Costa, com esposa e filhos. Conceição adquiriu um terreno e, nele, havia um enorme salão com uma máquina de arroz, já desativada. Esse terreno foi vendido e a máquina de arroz retirada do local.
         O prédio de madeira não ficou abandonado. Nele foi instalado o cinema de propriedade de Alceu Turazzi. Era um local bem visitado pelas famílias da época que se divertiam nas noites assistindo filmes. Enquanto isso, um novo prédio, em alvenaria, era construído no centro da cidade. Mais espaçoso, mais aconchegante e mais moderno ele passou a abrigar o cinema, que funcionou até meados de 1.980.
Prédio do antigo cinema em frente à Praça dos Bandeirantes
         O prédio de madeira, onde funcionou uma máquina de arroz e posteriormente o cinema, em pouco tempo foi desmanchado. Em seu lugar surgia novas instalações modernas para abrigar a primeira agência bancária do já distrito de São José dos Quatro Marcos. É o que relata Isméria Marcolina, uma das filhas de Conceição Marcolino Costa.
Prédio e equipe do Banco Financial em Quatro Marcos
         “Quando minha família chegou em Quatro Marcos, em 1.973, no lugar onde hoje é o Comercial Lima, era um prédio de madeira e nele tinha uma máquina de arroz desativada. Pertencia ao meu pai, o Sr. Conceição Marcolino Costa. Posteriormente, meu pai vendeu. Tirou-se a máquina de arroz, ficando o prédio, onde funcionou o cinema por algum tempo. Cheguei a assistir filme e até o globo da morte, lá neste local. Só depois é que derrubaram e construíram o Banco Financial. E quanto ao cinema, não me recordo se funcionou em um segundo lugar, antes de ir para o ‘Prédio do Tolon’, hoje Supermercado São José”.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Um Distrito de predominância rural na década de 1.980

           Em 1.968, concluiu-se a primeira estrada ligando São José dos Quatro Marcos a Mirassol D’Oeste, facilitando o escoamento da produção agrícola, que começava a crescer no município, tornando-se a principal atividade econômica do até então vilarejo. Esta estrada foi à via de intercâmbio econômico e também acesso do fluxo de pessoas e de mercadorias.
           O vilarejo estava, portanto, adquirindo uma dinamicidade capitalista pautada na economia agrícola e aos poucos também, expandindo seus produtos por tal via de acesso que a ligava a outras partes do estado de Mato Grosso. A população do território ocupado e produtivo, em expansão, que viria se tornar município, preconizava a legitimidade da instituição deste espaço como lugar emancipado politicamente para que as suas atividades produtivas não se limitassem a outro município.
           Em 1.979, ano de sua emancipação política, Quatro Marcos possuía uma população de 18.208 habitantes, estando concentrados 68% (12.328 habitantes) na zona rural e 32% (5.876 habitantes) na área urbana, (IBGE: censo 1980). A população rural estava distribuída em 19 comunidades.

Veja quadro das comunidades rurais de Quatro Marcos em 1.980.
01      Caetezinho                 02      Ressaca
03      Poção                        04      Boca Rica
05      Salvação                    06      Corgão

07      São Sebastião            08      Nova Paulista
09      São Manoel                10      Córrego da Abelha
11      São Miguel                 12      Santa Fé D’ Oeste
13      Barreirão                   14      Lagoa São José
15      Aparecida Bela           16      Pitas
17      Brinco de Ouro           18      Santa Terezinha
19      Gleba Cuiabana
*Fonte: Plano de Assistência Técnica e Extensão Rural, 1980.

           Ao analisarmos o quadro percebemos que até a década de 1980, o município era predominantemente rural. Assim, a lógica econômica que regia tal cidade estava relacionada à produção agrícola. Nesse sentido, outras atividades foram surgindo em detrimento desta, como: o aparecimento de vários comércios que passariam a se fixar no município entre eles alguns armazéns de secos e molhados; lojas, serrarias, beneficiadoras de cereais, entre outros.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Padre Georges e sua história de doação em Quatro Marcos

           Nascido em 14 de novembro de 1928, na França, Georges Joseph Pierre Marie Martin, o popular Padre Georges, é filho de Joseph Martin e Louse Martin. Sua ordenação diaconal ocorreu em 10 de outubro de 1955. A ordenação sacerdotal veio em 29 de junho de 1956.
           Deixando sua terra natal, a França, padre Georges foi trabalhar na República do Haiti, no período de 1956 a 1962. No ano seguinte chegou no Brasil e atuou no município de São João do Caiuá, Estado do Paraná, no período de 1963 a 1968. Em 1968 foi para Borrazópolis, no mesmo Estado, onde permaneceu até o ano de 1977. Em 14 de novembro de 1977, se mudou para o distrito de Quatro Marcos.
Padre Georges em dia de Celebração
           A comunidade religiosa de Quatro Marcos pertencia ao Setor Pastoral de Mirassol D´Oeste e era atendida por Padre Tiago Gheza. Com a chegada de padre Georges, os trabalhos foram compartilhados, sendo ele nomeado vigário cooperador em Mirassol D´Oeste e designado em 22 de novembro de 1977 para atender as comunidades de Quatro Marcos.
           Após a nomeação feita por Dom Máximo Biennés, bispo da Diocese de Cáceres, o já vigário padre Georges celebrou sua primeira missa em Quatro Marcos no dia 22 de setembro de 1977, na antiga capela que se situava onde atualmente é a Praça dos Bandeirantes.
Antiga Igreja onde é a Praça dos Bandeirantes - 1.978

           Pouco tempo após a chegada em Quatro Marcos padre Georges solicitou a criação de uma nova paróquia. Atendido pelo bispo Dom Máximo em seu pedido, criou-se em 25 de junho de 1978 a paróquia São José Operário. Junto com a criação padre Georges foi nomeado primeiro pároco.
           Para melhor desenvolver os trabalhos pastorais padre Georges reuniu o povo da localidade e construiu um salão comunitário com várias salas. Em 1980 iniciou a construção de uma moderna e artística igreja. Cerca de 14 meses depois, no final de 1981, conseguiu celebrar a primeira missa na nova igreja. Estiveram presentes o bispo diocesano Dom Máximo Biennés e padre Tiago Gueza.
Construção da Igreja Matriz São José Operário em 1.981

           No final de 1986 padre Georges descobriu que tinha problemas no coração e foi para o estado de São Paulo para se submeter a exames mais especializados. Os médicos não o liberaram e ele foi operado para colocação de pontes safenas.
           Para não ficar a cargo dos seus fiéis e amigos, internou-se pelo Instituto Nacional de Previdência Social, o que talvez o salvou quando teve uma crise aguda. Foi um dos companheiros de quarto que chamou os médicos que o atenderam rapidamente. Após vários meses de ausência e tratamento, ele voltou recuperado e assumiu novamente seus trabalhos.
           Com o crescimento do bairro Jardim Popular (anteriormente conhecido como Vila Nova), criou-se a comunidade católica São João Batista naquela localidade e, desta forma, padre Georges idealizou e coordenou a construção da capela e da pracinha. A construção da capela teve inicio em setembro de 1.990. Devido ao seu formato ela ficou conhecida como Igreja Redonda.
Construção da capela São João Batista, 1.990
           Em 2007 a Câmara de Vereadores de São José dos Quatro Marcos concede, em sessão solene, o título de Cidadão Quatromarquense a padre Georges, pelos relevantes serviços prestados em benefício do povo e da localidade que escolheu para viver.

Padre Georges e João Tostes - Título de Cidadão
           Foi em meados de 2011, após trinta e quatro anos dedicados ao povo de São José dos Quatro Marcos, que padre Georges teve um grave problema de saúde. Em tratamento, os médicos descobriram um nódulo cancerígeno na região da garganta. Levado para São Paulo, ficou oito meses em tratamento e mais um ano de total repouso em outras localidades do Brasil. 
           Vencido o câncer e já em processo de recuperação, padre Georges foi para a França, onde permaneceu outros oito meses em companhia e cuidados de seus familiares. Retornou ao Brasil e a São José dos Quatro Marcos, para os braços dos amigos e paroquianos com quem viveu a melhor e maior parte de sua vida.
           Ao participar de um retiro do Clero, padre Georges teve uma queda e quebrou uma das pernas. Desde então, passou a utilizar cadeira de rodas e receber os serviços de enfermeiras. E contava, também, com o carinho e zelo de padre Thiago Bruno, seu amigo e companheiro de sacerdócio na paróquia São José.
           Em seus últimos dias de vida, padre Georges foi acometido por derrames que o deixou acamado, vindo a falecer na manhã do dia 12 de maio de 2016, em seu leito, na Casa Paroquial.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

O ano de 1976 marca a chegada das Irmãs Azuis

         Foi em 20 de setembro de 1976 que o Bispo Diocesano autorizou a construção de uma casa para abrigar as Irmãs Azuis em São José dos Quatro Marcos. Então foi lançada a pedra fundamental da futura casa das religiosas. Em pouco tempo a casa ficou pronta e as Irmãs puderam se instalar para iniciar um trabalho pastoral.
         Participaram da solenidade o bispo diocesano e a madre provincial das Irmãs Azuis e a obra foi iniciada com apoio de Padre Tiago Gheza, que contou com a participação do povo quatromarquense.
Construção da Casa da Irmãs em São José dos Quatro Marcos

         Por muitos anos as Irmãs Azuis desempenharam o trabalho pastoral em diversas comunidades. Elas estavam sempre à frente da Pastoral da Criança incentivando e ensinando as líderes comunitárias no combate da desnutrição infantil.
           Depois da saída das Irmãs Azuis do município, a Casa das Irmãs foi alugada para a prefeitura municipal instalar o Centro de Apoio Psico Social. Em 2017 foi totalmente reformada e pelo pároco Padre Thiago Bruno Gonçalo da Silva e passou a ser a nova sede da Casa Paroquial.

Primeira celebração religiosa na futura Quatro Marcos foi em 1.966

         A primeira missa rezada com as famílias de sitiantes e moradores, onde posteriormente seria criado o distrito de São José dos Quatro Marcos, foi presidida por Frei Amadeu Taurines em 1966. Conforme o pioneiro Fidélis José de Souza, foi aberta uma clareira, onde atualmente é a praça dos Bandeirantes, para realizar a celebração religiosa. No local, eles construíram uma igrejinha coberta de folhas de coqueiros.
         Pouco tempo depois, já no ano de 1968, os frequentadores da recém-criada comunidade religiosa se reuniram e fizeram a construção da igreja em madeira. A crescente chegada de pessoas na localidade fez com que a igreja ficasse pequena, então, novamente se reuniram e levantaram uma nova construção. Esta agora de alvenaria. Enquanto o povo rezava na pequena igreja, as paredes iam sendo levantadas ao seu redor. Depois da igreja de Alvenaria e já com a presença de Padre Georges, foi então idealizada por ele a construção da atual igreja Matriz de São José dos Quatro Marcos.
         Dois Freis realizavam com regularidade as celebrações e as visitas religiosas na comunidade quatromarquense. Seus nomes, segundo a Diocese de Cáceres, eram Frei Elias Mas e Frei Ênio Grenga. Com o retorno deles para a Itália, as celebrações passaram a ser realizadas por Dom Máximo Biennés, já no ano de 1972. A já formada comunidade de Quatro Marcos pertencia ao Setor Pastoral de Mirassol D´Oeste.
Primeira capela em alvenaria: local atual da Praça dos Bandeirantes
Em 1978 inicia a Festa do Padroeiro São Jose Operário
A atual Igreja Matriz de São José dos Quatro Marcos


           Segundo site da Diocese de Cáceres, "os marianos, vindos de São Paulo, constituíram no tempo de fundação da cidade uma equipe segura que assumiu os destinos da Igreja e da Comunidade. O sacerdote, recebido amavelmente, dava grande incentivo, sobretudo aos cursos ministeriais de Cáceres, onde eram preparados responsáveis para a comunidade. O Catecismo, os Marianos, os Jovens e o Apostolado da Oração, formavam uma sólida estrutura que sustentava o crescimento da comunidade religiosa de Quatro Marcos".

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Instituições de Ensino em Quatro Marcos em 2015

         Atualmente o Município de São José dos Quatro Marcos conta com 18 Instituições em sua Rede Escolar de Educação Básica, 01 de Educação Especial, 01 Escola Técnica e 02 de Ensino Superior: a Faculdade de Quatro Marcos - FQM e a Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT Parceladas.
         É necessário enfatizar que muitos estudantes de São José dos Quatro Marcos frequentam cursos de nível superior em instituições de cidades vizinhas, dentre elas Araputanga, Mirassol D’Oeste, Cáceres e Jauru. Para tal, o município disponibiliza oito ônibus para transportar os acadêmicos até esses municípios.
Escolas Urbanas Estaduais
E.E. 15 de Junho
E.E. Miguel Barbosa
E.E. Deputado Bertoldo Freire
E. E. Marechal Rondon
E.E. Zeferino José De Mattos
E. E. Lourenço Peruchi
Escolas Rurais Estaduais
E. E. Santa Rosa (Comunidade do Barreirão)
E.E. Bento Alexandre (Distrito de Santa Fé)
E.E. Maria Eduarda (Povoado de Aparecida Bela)
Escola Urbana Municipal
E.M. Vereador Evilásio Vasconcelos
Escolas Rurais Municipais
E.M. Reinaldo Botelho
E.M. Boa Esperança
Centros de Educação Infantil Municipal
CEI Santa Luzia
CEI Marcelino Penachioni
CEI São Francisco De Assis
CEI Roseli Cristina Valerio
Rede Privada
Escola Especial Alegria de Viver - APAE
Centro Educacional Quatro Marcos - COOPEQ
Faculdade de Quatro Marcos - FQM
Escola de Negócios e Tecnologias - ENTEC

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Antiga delegacia de polícia de Quatro Marcos

         A primeira sede da delegacia de polícia de São José dos Quatro Marcos surgiu no centro do povoado, ainda quando era distrito do município de Mirassol D`Oeste. Indalécio Silva Carvalho foi o primeiro delegado. Posteriormente, assumiu como delegado o seu companheiro Domingos Fagundes dos Santos.
Primeira delegacia construída no centro do povoado em 1968
         Em 1.978 foi construído um novo prédio, que servia como delegacia e como presídio. O prédio situava na região que hoje se denomina Bairro Zeferino I. A equipe desta feita era formada pelos Delegados Domingos Fagundes dos Santos e Otávio Gordo, escrivão Luís Carlos Pires, investigadores Vairton Antônio Cervo (Jacaré), Matias, Cardim, Carlão Pegaiani, António e Joãozinho.
         As dificuldades da delegacia para atender a população eram grandes, mas no início da década de 1.980, com a fundação do Lions Club e já com a emancipação do município, surgindo assim a prefeitura em 1.981, a situação crítica foi amenizada.
         O Lions Clube, que tinha o doutor Gilson de Alvim Coimbra como primeiro presidente, comprou uma linha telefônica, com recursos adquiridos de promoção, e autorizou a instalação dele na delegacia. As contas de manutenção desta linha eram pagas pela Prefeitura Municipal de Quatro Marcos.
Antigo Prédio da Delegacia Municipal de Quatro Marcos

sexta-feira, 10 de abril de 2015

A economia e a população na história de Quatro Marcos

         Pesquisas realizadas no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, apontam que São José dos Quatro Marcos apresentou uma população considerável no distrito, formando um cenário propício para concretizar a sua emancipação política e administrativa, fato que ocorreu no ano de 1.979. No censo do IBGE do ano seguinte ele apresentou uma população de 18.204 habitantes, distribuídos na zona rural e núcleo urbano.
         Analisando o processo de emancipação de São José dos Quatro Marcos nos arquivos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, trecho da justificativa apresenta em números a economia do momento instalada no núcleo urbano. Com relação aos recursos oriundos da arrecadação de impostos, naquele ano de 1.979, a perspectiva era de que ultrapassaria o montante de Cr$ 7.000.000,00 (sete milhões de cruzeiros).
         Segundo o texto, a previsão de arrecadação de sete milhões de cruzeiros em impostos eram oriundos da produção de café, feijão, arroz, algodão e milho, bem como dos 39 estabelecimentos industriais e 102 estabelecimentos comerciais já instalados na localidade até o ano de 1.979.
Cerâmica: fonte de empregos na década de 1.980
INDÚSTRIAS
04 beneficiadoras de madeira          05 fábricas de móveis
02 beneficiadoras de café                13 beneficiadoras de arroz
COMÉRCIOS 
04 farmácias               03 escritórios                  01 padaria 
03 hotéis                    01 auto peças                 05 minimercado 
15 bares                     15 secos e molhados       02 casa de ferragem 
02 lojas de calçados    03 restaurantes               03 salões de beleza 
03 cabeleireiro            01 cinema                      02 postos de gasolina 
02 sapatarias             05 oficinas mecânicas      03 oficinas de concertos 
06 açougues               01 vidraçaria                  20 botequins 
02 hospitais
Avenida São Paulo: centro comercial já em 1.978
         O índice populacional continuou em ascensão contínua por 15 anos chegando em 1.995 com 23.877 habitantes. Esse fato se deu porque o município emancipado caminhava com economia própria, suas instituições estavam sendo instaladas, novos comércios e novas empresas surgindo e a expansão da agricultura em alta, principalmente com relação ao café, algodão, arroz, feijão e milho. A pecuária ia ganhando notoriedade com o gado de corte e ainda na década de 1.980 chegou a indústria frigorífica.
Frigorífico Quatro Marcos - inaugurado em 1.987
         Após ter atingido 23.877 habitantes no ano de 1.995, a população começou a regredir. Nos anos de 2007 e 2008 esse índice deu uma recuperada e as estimativas do IBGE registraram 19.001 e 19.527 habitantes, respectivamente. Mas no ano seguinte começou a cair novamente e assim se estende até o último levantamento estimativo, ocorrido no ano de 2.014, quando registrou 18.710 habitantes.
         Os fatores que influenciaram a queda populacional a partir de 1.995 foram o êxodo rural, a crise do café, a derrubada de lavouras de café para expansão do gado de corte e leiteiro, a busca dos jovens pelos cursos universitários em outros centros, estabilidade de empregos em concursos do estado e de municípios em desenvolvimento, a chegada do progresso na região norte do estado e, por fim, a inércia da classe política local e regional perante essas evasões.
1.980 - 18.204 hab.            1.991 - 22.011 hab.
1.992 - 22.547 hab.            1.993 - 22.995 hab.
1.994 - 23.442 hab.            1.995 - 23.877 hab.
1.996 - 21.714 hab.            1.997 - 21.649 hab.
1.998 - 21.499 hab.            1.999 - 21.348 hab.
2.000 - 19.693 hab.            2.001 - 19.329 hab.
2.002 - 19.205 hab.            2.003 - 18.979 hab.
2.004 - 18.504 hab.            2.005 - 18.241 hab.
2.006 - 17.980 hab.            2.007 - 19.001 hab.
2.008 - 19.527 hab.            2.009 - 19.493 hab.
2.010 - 18.998 hab.            2.011 - 18.945 hab.
2.012 - 18.894 hab.            2.013 - 18.801 hab.
2.014 - 18.710 hab.

terça-feira, 7 de abril de 2015

A agricultura como perfil econômico na formação de Quatro Marcos

         O surgimento de São José dos Quatro Marcos se deu basicamente sobre uma economia oriunda das pequenas propriedades e fundamentada na produção agrícola. Os produtos recolhidos da terra pelos pioneiros que chegavam e pelas poucas famílias que já residiam em alguns sítios foram café, arroz, feijão e milho.
Plantação de Arroz: Sitio Fidelis José de Souza
         Durante a década de 1.980 houve a expansão do cultivo do café e, na década seguinte, essa expansão se voltou também para o algodão, banana e mamão. O algodão, que estava em expansão, resistiu por menos de uma década. Aos poucos a pecuária, que era apenas de subsistência, foi ganhando espaço e transformou o gado de corte e a produção leiteira na principal economia.
Cafezal do sítio de Pedro Evangelista - 1.999
         Com a formulação de políticas agrárias a partir de meados da década de 1.990, visando principalmente conter o êxodo rural, começaram a surgir os assentamentos e as pequenas propriedades agrícolas. As leis voltadas a fixar o homem no campo foi assegurando direitos e incentivos. Com isso, além do gado de corte e do gado leiteiro, a agricultura familiar ganha expressividade no incremento da economia.
         Um relatório emitido por Amadeus Pereira da Silva, técnico agrícola da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Mato Grosso, divulgado em agosto de 1.986, demonstra a capacidade da produção agrícola e de rebanhos em São José dos Quatro Marcos.
PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Arroz
Área cultivada        03.630 ha.
Produção               05.445 ton.
Café
Área cultivada        09.666 ha.
Produção               15.466 ton.
Feijão
Área cultivada        04.840 ha.
Produção               01.742 ton.
Milho
Área cultivada        07.260 ha.
Produção               11.325 ton.
Algodão
Área cultivada        01.210 ha.
Produção               01.452 ton.
Banana
Área cultivada        01.210 ha.
Produção               21.888 ton.
REBANHOS DIVERSOS
Bovinos                 41.000 cab.
Suínos                  17.370 cab.
Galináceos caseiro 86.850 cab.
Cavalares               1.120 cab.
Ovinos e caprinos      600 cab.
Bubalinos                  980 cab.
Muares                     920 cab.

quarta-feira, 25 de março de 2015

A progressão da rede de ensino em São José dos Quatro Marcos

           A Escola Rural Mista Duque de Caxias, feita de pau-a-pique em 1966, foi o marco inicial para alavancar o setor educacional em São José dos Quatro Marcos. Depois de funcionar num dos lados do cruzamento das avenidas São Paulo e Guilherme Pinto Cardoso, ela foi transferida para um novo local. Era de tábuas e situava-se onde atualmente está o pavilhão esquerdo da escola estadual Bertoldo Freire.
Placa de inauguração da antiga Escola de Quatro Marcos
           Com o aumento da demanda e a necessidade de novas séries escolares, chega o apoio do Governo do Estado para construir uma nova escola. Foram quatro salas de aulas, sala dos professores, sala da diretoria e sanitários, desta vez tudo em alvenaria, situada na rua Pernambuco, no centro da cidade. Esta nova unidade escolar chamou-se Escola de Quatro Marcos, inaugurada em junho de 1974.
           Enquanto a Escola de Quatro Marcos não ficava pronta, foi construída uma extensão dela. A extensão era de tábuas e contava com sala dos professores, quatro salas de aulas e sala da diretoria. Na frente ficava uma plantação de maracujá, suspensa, que servia para fazer sombra aos alunos; aos fundos, os banheiros em estilo privada e uma grande horta. Essa extensão escolar situava-se aos fundos do hospital doutor Guilherme Cardoso.
Escola de Quatro Marcos é a atual Escola Bertoldo Freire
           O apoio do Governo do Estado veio em função da solicitação de Antônio Alvarez, então vereador do município de Cáceres, representando os interesses da Gleba de São José dos Quatro Marcos. Foi ele que solicitou ao governador José Manuel Fontanillas Fragelli a construção de prédio escolar condizente.
           O Plano Municipal de Educação de São José dos Quatro Marcos para o decênio 2015 a 2025, cita que: "Inicialmente a Educação em São José dos Quatro Marcos era administrada pela Secretaria Municipal de Cáceres. Por alguns anos o ensino em São José dos Quatro Marcos ficou sob o comando de Cáceres e, posteriormente, de Mirassol D’Oeste. Até o ano de 1973 eram oferecidas somente as séries iniciais".
           "Em 17 de abril de 1973 a professora Gislaine Moreno, diretora da Diste, autorizou o funcionamento a título precário, de 5ª a 8ª série do 1º grau no patrimônio São José dos Quatro Marcos , isto dando continuidade às quatro primeiras séries da Escola Municipal, do núcleo onde já funcionava há vários anos".
           Em 1973 chega em São José dos Quatro Marcos os professores com formação em magistério, José Lessi e Maria Lessi. Os dois irmãos vieram exclusivamente atendendo pedidos para lecionar para os alunos que iniciariam as aulas de 5 a 8 do ensino fundamental. Com eles, estava também a professora Pacífica Soares Góes.
           Os três professores, juntamente com a diretora Maria Amélia Esper Ferreira, formaram o corpo docente da Escola de Quatro Marcos, onde somente as 5ª e 6ª séries eram administradas pelo Estado. Assim, a educação se expandia na localidade.
           Mais adiante, já no ano de 1976, surge proposta com eminência política e a Escola de Quatro Marcos passa a se chamar Escola Estadual Marechal Rondon. Nova mudança de nome ocorre em 1979, quando ela passa a se chamar definitivamente de Escola Estadual Bertoldo Freire.
           Com a construção de uma segunda escola estadual, surge a oportunidade de resgatar o nome de Marechal Rondon, que foi autorizada a entrar em funcionamento no ano de 1980 com o nome de Escola Estadual Marechal Rondon. Ela foi criada pelo Decreto Estadual nº 812 de 30 de janeiro de 1981.
Escola Estadual Marechal Rondon em 2015

terça-feira, 17 de março de 2015

População lutou em defesa do padroeiro de Quatro Marcos

         A lei que criou o distrito de São José dos Quatro Marcos trouxe em seu bojo os desejos da população local, que tinha São José Operário como seu padroeiro religioso. Mas a lei de criação do município suprimiu o São José e a localidade passou a chamar simplesmente Quatro Marcos. Por cerca de cinco anos esta denominação permaneceu reduzida.
         Mas a população quatromarquense, incentivada pelo padre Georges, interviu com manifestações e exigiu o nome completo que existia na ocasião em que era distrito, visto que São José é o padroeiro da localidade. A mobilização fez com que o vereador José Valverde Filho apresentasse uma indicação à Câmara Municipal de Quatro Marcos, no dia 18 de agosto de 1.983, solicitando o atendimento dos manifestantes para que se fizesse a reposição de São José ao nome do município.
         A indicação do vereador José Valverde foi aprovada pelos vereadores e entregue aos deputados estaduais Ubiratan Spinelli e Ninomya Miguel para que apresentasse um projeto de lei na Assembléia Legislativa de Mato Grosso, visando devolver o nome completo do município. Os dois deputados conseguiram a aprovação do projeto que se transformou na lei nº 4.637 de 10 de janeiro de 1.984, sancionada pelo então governador Júlio Campos.
         Ubiratan e Ninomya embasaram o projeto de lei no artigo 133, parágrafo único, da Lei Orgânica dos Municípios do Estado de Mato Grosso de nº 3.770 de 14 de setembro de 1.976, que permitia a volta do uso dos nomes extensos, respeitando a vontade dos habitantes das comunidades com nomes nessas condições. Assim, o objetivo foi alcançado e o município voltou a ser chamado de São José dos Quatro Marcos.
Foto: Arquivo de Luiz Carlos Bordin

sexta-feira, 13 de março de 2015

Instituição do Brasão e da Bandeira de São José dos Quatro Marcos

         Foi através de concurso público que se procedeu a escolha do Brasão e da Bandeira do município de São José dos Quatro Marcos. Os vencedores foram Marcelo Claudino da Silva e João Bosco Franco (Brasão) e Gilson Alexandre de Alvim Coimbra (Bandeira). Os três foram condecorados com o título de Cidadão Quatromarqunse pelos relevantes serviços prestados à coletividade, em função da instituição dos Símbolos Municipais.
         O Lions Club, entidade que muito colaborou com a primeira gestão administrativa do recém-criado município, também foi agraciada com uma homenagem e recebeu o título de Honra ao Mérito, por ter representado o autor da Bandeira durante o concurso. Na ocasião, a entidade foi representada pelo seu presidente Luís Amilton Gimenez. Todos os Títulos foram entregues em sessão solene da Câmara de Vereadores no dia 14 de dezembro de 1985.
João Bosco recebendo o Título de Cidadão Quatromarquense

Marcelo recebendo o Título de Cidadão Quatromarquense

João Bosco, Marcelo e Gimenez, presidente do Lions Club
         O Brasão e a Bandeira são os símbolos oficiais de São José dos Quatro Marcos que expressam, em forma figurada, as características próprias do município. Eles foram instituídos pelo Decreto nº 01 de 02 de janeiro de 1.985, na administração de Durvalino Peruchi, o primeiro prefeito eleito.
         O Brasão Municipal foi constituído de forma oval, sendo que no aspecto facial de suas alegorias estão caracterizados o Poder, o Comércio, o Trabalho, a Indústria, a União e os Marcos que originalizaram o nome do município.
O Brasão elaborado por João Bosco e Marcelo
         A Bandeira de São José dos Quatro Marcos é confeccionada em tecido e possui quatro listras diagonais em formato de cunha nas cores verde, amarelo, azul e vermelho, as quais são separadas por riscas brancas. No canto superior esquerdo, sobre um fundo de cor branca, há um quadrado onde se localiza o Brasão. 
         A estrutura da Bandeira foi montada com base na formação étnica e cultural do município. Assim, os quatro marcos foram representados por quatro listras diagonais, como se fossem cunhas que abriram um sertão amazônico para a formação do município, então representado pelo Brasão, tendo em vista as cunhas se juntarem no canto superior esquerdo do pavilhão. 
         As cores da Bandeira Municipal representam a população formadora de São José dos Quatro Marcos, em termos culturais e étnicos oriundos de toda parte do Brasil. A paz com que chegaram é representada pelas divisões em branco; o verde é o povo vindo de regiões agrícolas; o amarelo, os que vieram em busca das riquezas minerais da região; o azul, representando os indivíduos originários de regiões turísticas; e o vermelho, a indispensável mão de obra não especializada, vinda de regiões mais carentes, mas que sem elas, não seria possível alcançar o pleno desenvolvimento local.
A Bandeira elaborada por Gilson Coimbra

quarta-feira, 11 de março de 2015

Limites territoriais de São José dos Quatro Marcos

         A Lei de criação do município de Quatro Marcos, nº 4.154 de 14 de dezembro de 1.979, especificou em seu parágrafo único os limites territoriais para que o distrito de São José dos Quatro Marcos pudesse ser elevado a município e ganhasse independência própria em relação a Mirassol D´Oeste.
         O artigo primeiro foi claro em dizer que “fica elevado à categoria de município, com o nome de Quatro Marcos, o distrito de São José dos Quatro Marcos, criado como unidade integrante do município de Mirassol D’Oeste, pela Lei nº 3.934, de 04 de outubro de 1.977”.
         Como parte integrante do artigo supra citado, o parágrafo único expressou quais seriam, a partir de então, os limites do município de Quatro Marcos para que o mesmo fosse criado. Essas limitações são as mesmas já contidas na lei de criação do distrito de São José dos Quatro Marcos.
         Portanto, as delimitações do município de Quatro Marcos “parte da margem direita do rio Cabaçal, defronte à barra do córrego São Miguel; daí descendo pelo rio Cabaçal, até a barra do rio Branco; daí por uma linha reta rumo Noroeste - Sudeste, até a barra do córrego São Francisco ou Paco, no ribeirão Caeté; deste ponto por uma linha reta, rumo aproximado Leste - Oeste, até a rodovia estadual que liga o povoado de Aparecida Bela ao povoado de Cruzeiro D’Oeste, num ponto situado dois quilômetros ao Sul da Igreja Aparecida Bela; daí por uma linha reta rumo aproximado Leste - Oeste, até a barra do córrego Santíssimo no rio Jauru; deste ponto pelo rio Jauru acima, até a barra do córrego Água Suja; daí por uma reta rumo aproximado Leste - Oeste e passando pela barra do córrego Uembé no ribeirão das Pitas, até a cabeceira do córrego Ribeirão; daí por uma reta, rumo Sudeste - Noroeste, até a barranca do rio Cabaçal defronte à barra do córrego São Miguel, no ponto de partida”.
         Atualmente, numa análise mais clara feita sobre os mapas das divisões territoriais do estado de Mato Grosso, constata-se que os municípios que fazem fronteiras com o hoje município de São José dos Quatro Marcos são: Mirassol D´Oeste, Rio Branco, Araputanga, Indiavaí, Figueirópolis D´Oeste, Porto Esperidião e Glória D´Oeste.
Foto: Gabriella Regina Menezes de Matos