quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Chegada dos Correios em Quatro Marcos se deu em 1.973

         A chegada dos Correios e Telégrafos no distrito de São José dos Quatro Marcos foi um marco histórico de suma importância para a população local da época. No dia 06 de maio de 1.973 o Posto foi inaugurado em reunião ocorrida em uma residência situada na rua Espírito Santo.
         O posto foi criado pela ordem de serviço interno nº 09/73-01/24, de 17 de abril de 1.973, assinada pelo diretor regional da empresa de Correios e Telégrafos em Mato Grosso, Benedito Cerqueiras Caldas. A ordem foi um anexo do processo nº 1.936/73, que também credenciou Joaquim Francisco de Brito como encarregado do posto, conforme Portaria nº 268/73 de 17 de abril de 1.973.
         Para a efetivação da criação do Posto no distrito foram assinados em 06 de abril de 1.973, o Termo de Convênio, celebrado entre a diretoria regional dos Correios em Mato Grosso e o comerciante Zeferino José de Matos e o Termo de Responsabilidade nº 24/73 que descrevia os serviços a serem prestados aos cidadãos quatromarquenses.
         Participaram da inauguração 44 pessoas, entre elas, comerciantes, professores e a equipe dos Correios de Mato Grosso. A foto abaixo, do ano de 2.013, apresenta o local onde funcionou por vários anos o Posto dos Correios do distrito de São José dos Quatro Marcos.
Foto: Álbum pessoal de Luiz Carlos Bordin
         Depois que saiu da primeira instalação os Correios passou a funcionar em prédios alugados até o ano de 2.012, ocasião em que foi construída a sede própria, na administração do prefeito João Roberto Ferlin. A demora para se ter a sede se deu em função de a legislação dos Correios não permitir a construção de unidades desse porte em municípios com menos de 50 mil habitantes e falta de articulação política em Brasília.
         O terreno para a construção foi adquirido pela prefeitura em 1.993, na gestão do então prefeito Reinaldo Botelho, e doado aos Correios para que construísse a agência. Na época uma decisão a favor da privatização dos Correios, do então presidente Fernando Henrique Cardoso, acabou com o sonho por longo período.
         Com a privatização não concretizada, o sonho voltou. A direção dos Correios chegou a liberar recursos, mas não eram suficientes para a construção da sede própria, visto que não se encontrava construtoras para executar a obra pelo valor liberado. Depois de muita gestão em Brasília a obra foi realizada.
Foto: Álbum pessoal de Luiz Carlos Bordin

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Lei cria a Praça dos Bandeirantes em Quatro Marcos

         A Praça dos Bandeirantes foi criada pela Lei Municipal nº 053 de 28 de março de 1.985, durante a gestão do prefeito Durvalino Peruchi. O nome foi sugestivo para homenagear as famílias pioneiras da Comunidade.
         A lei trouxe em seu primeiro artigo que o espaço existente entre as ruas Pernambuco e Santa Catarina e as avenidas Sergipe e Bahia, passaria a se chamar Praça dos Bandeirantes. A avenida Bahia é hoje a avenida doutor Guilherme Pinto Cardoso.
         Mas anterior à Lei de denominação da praça, que pelas suas especificações de ruas e avenidas compreendem duas quadras separadas pela rua Goiás, há um contexto histórico.
         Conforme relatos dos filhos dos fundadores, foi doada uma grande extensão de terras para a edificação da Igreja Católica, e, aos fundos desta, havia um outro espaço idêntico reservado para posterior construção de uma praça, no qual funcionava um campo de futebol.
         Com a chegada do padre Georges, em 1.977, nasceu o sonho de edificação de uma nova igreja com arquitetura moderna. Para tanto, o padre mobilizou toda a comunidade.
         Para melhor disposição arquitetônica da igreja, a construção deveria ser no espaço do campo de futebol, ficando o espaço da antiga igreja para a construção da praça central da comunidade. E desta feita a população tem hoje uma praça e uma igreja acolhedora.
         Os ditos populares costumam dividir o espaço em Praça da Matriz e Praça dos Bandeirantes, mas pela demarcação oficial da lei existe apenas uma praça, a dos Bandeirantes, que inclui também o entorno da Igreja Matriz.
         Nesta foto de 1.987, a Praça dos Bandeirantes está em seu término, restando o entorno da Matriz em construção.
Foto: álbum da família de Ivani Botelho.
         Na foto abaixo, de 1.982, professores e autoridades em dia de compromissos. A Praça dos Bandeirantes ainda não tinha sua construção iniciada. Aos fundos a Igreja Matriz. A praça ainda era dividida pela Rua Goiás.
Foto: Álbum pessoal de Luiz Carlos Bordin

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Procissão de Nossa Senhora Aparecida em Quatro Marcos

         Iniciada em 1.992, por cinco moradores da Comunidade do Barrerão, a Romaria e Procissão de Nossa Senhora Aparecida ganhou dimensão e adeptos de fiéis de toda a região. Todo ano cerca de 8 mil pessoas participam da Caminhada de 32 Km. A saída se dá no Barrerão e a chegada em Mirassol D´Oeste.
Foto: Arquivo de Luiz Carlos Bordin

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A "Festa do Padre" e as apresentações culturais

           A festa de reabertura da primeira escola de São José dos Quatro Marcos coincide com a data de fundação do município. Fidélis José de Souza, um dos pioneiros, relembrou a grande mobilização para realizarem a festa do primeiro aniversário da escola. Além das comidas típicas da localidade, houve apresentações culturais diversas. Entre elas, o casamento caipira, pau-de-sebo, cantores locais, apresentações teatrais, bailes, desfiles de carrinhos de tração animal alegóricos e fanfarra. 
           Posteriormente as festividades se desmembraram e no dia 15 de junho permaneceram os desfiles de carros alegóricos, bailes de aniversário e a fanfarra, entre outras. A parte das comidas típicas e outras atividades, passaram a ser realizadas nas festas das colheitas do arroz e do café. 
           Com a chegada de Padre Georges, em 1977, surgiu a ideia de se realizar a Festa do Padroeiro São José, no ano seguinte. A partir daí as festas do arroz e do café foram perdendo espaços. A Festa do Padroeiro era realizada na semana do primeiro de maio, Dia do Trabalhador, e durava em torno de três dias, com comidas típicas, músicas e danças. As apresentações culturais eram intercaladas em blocos para que sobrasse tempo para que se realizasse também os leilões.
Em 1978 Antônio Alvarez (posterior primeiro administrador de Quatro Marcos), Luiz Barbosa (um dos três fundadores de Quatro Marcos) e Padre Georges (primeiro pároco de Quatro Marcos), organizando a primeira Festa do Padroeiro São José Operário, a conhecida Festa do Padre.
           Conforme Padre Georges, para as primeiras apresentações de danças, foram trazidas atividades culturais com várias moças do colégio interno de Cáceres. Eram danças representativas da cultura matogrossense e de diversos outros estados do Brasil. O palco para as danças era improvisado com carrocerias de caminhão. Posteriormente, já na década de 1990, foi construído o palco na praça dos Bandeirantes.
Apresentação de dança na primeira Festa do Padroeiro em 1978

Apresentação de dança na primeira Festa do Padroeiro em 1978

Apresentação de catira na primeira Festa do Padroeiro em 1978

Leilão na primeira Festa do Padroeiro em 1978
            As atividades de dança nas festividades do padroeiro foram se aprimorando, e, com a expansão da rede de ensino e aumento da população, passou-se a utilizar as escolas e instituições do município para fazer as apresentações culturais. E foi assim por longos anos. 
           Mas em 2010 as danças foram apresentadas pela última vez nas “Festa do Padre”. As Festividades do Padroeiro já estavam sob o comando do jovem padre Thiago Bruno. E ele chegara com ideias novas. E passou a realizar a festa com menos dias, sem as danças e com shows musicais com artistas católicos de renome.
           Sentindo a necessidade de continuar essas atividades de dança tão importante para o município, o departamento municipal de Cultura assumiu a responsabilidade de torná-la uma mostra de dança regional em Quatro Marcos. Em 2016 ela começou a ser realizada no mês de abril.
Apresentação do Grupo Chalana na Mostra Regional de Dança

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Em 1.970 surgiu a Folia de Reis de Quatro Marcos

         Em São José dos Quatro Marcos a primeira Folia de Reis formou-se em 1970, com a chegada dos imigrantes. Ela foi denominada Companhia de Reis do Barrerão, visto que seus integrantes eram daquela comunidade. De origem paulista, ela mantém até os dias atuais a tradição da viola caipira e a originalidade dos rituais da época.
Foto: Álbum de José Fidelis de Souza
         Após uma turnê da Companhia da Folia de Reis do Barrerão em São Paulo, iniciou-se a construção da Igreja dos devotos de Santos Reis no ano de 1.996, no Bairro Jardim Bela Vista, em São José dos Quatro Marcos.
         Apesar de a companhia ter mudado de sede, visto que seus integrantes, com o passar do tempo passaram a ser da cidade, ela manteve o nome de sua origem.
         Assim, Quatro Marcos tornou-se polo regional de encontro anual dos foliões. A direção geral desta companhia é de Fidélis José de Souza, último remanescente dos fundadores.
Foto: Álbum de José Fidelis de Souza

Avenida São Paulo é em homenagem aos fundadores e pioneiros de São José dos Quatro Marcos

         Não se tem um documento sobre a nomeação da rua principal do vilarejo de Quatro Marcos como Avenida São Paulo, mas pode-se determinar que ela surgiu em homenagem aos pioneiros e fundadores que, em busca de terras boas para plantio, foram chegando com suas famílias de cidades como São José do Rio Preto (SP), Santa Fé do Sul (SP) e diversas outras regiões dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e em menor proporção da região nordeste. Isso ocorreu a partir da década de 1.960. Eles buscavam a fertilidade do solo para plantarem arroz, milho e, principalmente, café, devido a tradição dos seus estados de origem.
         Ao idealizar e propor a fundação de uma cidade, Zeferino José de Matos planejara que as primeiras ruas e avenidas a serem abertas levariam o nome dos estados brasileiros. A principal delas recebeu o nome de Avenida São Paulo, em homenagem aos fundadores e primeiros pioneiros que vieram do estado de São Paulo.
           Na foto, temos a vista parcial da área central de São José dos Quatro Marcos no início da década de 1.970, a posição do fotógrafo está precisamente no centro da Avenida São Paulo, esquina com a Rua Pernambuco, em direção à Mirassol D´Oeste.
         A demarcação de avenida na época eram os postes de madeira que sustentavam a fiação que distribuía a energia produzida por motores a diesel.
         As referências para a centralidade da cidade na Avenida São Paulo é a placa do posto Texaco, à esquerda, de propriedade de Gabriel Lopes e, à direita, o escritório Mato Grosso de propriedade do senhor Otávio.
Foto: Álbum da família Zeferino.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Dois dos três fundadores de Quatro Marcos

          Foi no ano de 1.975 que dois dos três fundadores do município de São José dos Quatro Marcos, Zeferino José de Matos e Miguel Barbosa do Nascimento, se posicionaram para estas fotografias.
         Ao fundo, o prédio da Casa Dois Irmãos, comércio de secos e molhados da família Delbém, situado ao lado da esquina da Praça da Matriz e de frente com a esquina com o colégio Bertoldo Freire, na Rua Santa Catarina esquina com a Pernambuco.
Foto: Álbum da Família Zeferino
         Nesta outra imagem mais aberta, podemos ver os fundos do Bertoldo Freire à direita e o prédio da Casa Dois Irmãos bem ao fundo, do lado esquerdo. Os postes de madeira situados bem atrás são para conduzir a energia elétrica na época.
         A rua em que estão posicionados os senhores Miguel Barbosa e Zeferino José de Matos é a Santa Catarina, antes de cruzar com a avenida Mato Grosso, em sentido Praça da Matriz.
Foto: Álbum da Família Zeferino
Foto: Álbum da Família Zeferino
Foto: Álbum da Família Zeferino

Estádio Municipal de São José dos Quatro Marcos

         O estádio municipal Domingos Fagundes dos Santos, já se encontrava em funcionamento na época de 1.993, no Bairro Zeferino I. Antes ele funcionava onde hoje é a Igreja Matriz São José Operário, no centro da cidade.
         Ele foi transferido provisoriamente para o pátio dos fundos da Escola Estadual Marechal Rondon justamente para que houvesse a construção da Igreja e da Praça dos Bandeirantes. A igreja teve a construção iniciada em 1.980. Depois, o campo foi transferido em definitivo para o Bairro Zeferino I, onde está situado até os dias de hoje.
         A instituição do nome de Domingos Fagundes dos Santos ao estádio principal de São José dos Quatro Marcos se deu através da lei municipal nº 332 de 13 de agosto de 1.991. A lei, aprovada pela Câmara de Vereadores, foi uma propositura do então vereador José Moreira Figueira.
Estádio Municipal Domingos Fagundes dos Santos
           Em sua justificativa, o projeto de lei informou que Domingos Fagundes dos Santos foi um dos maiores incentivadores do futebol de campo do município, marcando e fazendo acontecer muitos eventos desportivos com a finalidade de divulgar e fazer prosperar o futebol quatromarquense da época.
           Nessa luta constante, o técnico e treinador Domingos Delegado, como era conhecido, fundou o Esporte Clube Tigrão e o Esporte Clube Tigrinho. Esses dois times disputavam grandes campeonatos na região e eram queridos pela população local, até porque eram os principais responsáveis de levar e divulgar o nome de São José dos Quatro Marcos.
Esporte Clube Tigrão de São José dos Quatro Marcos
           Em pé da esquerda para a direita: Domingos Delegado (Técnico), Cardim, Siqueira, Edson Paraguai, Zé Carlos Manah, Morel, Birão, João Cabelinho, Carlão Pegaiani e Márcio. Agachados da esquerda para a direita: Dessa Barbosa, Lim Barbosa, Pimenta, Sidnei de Figueirópolis, Zaqueu, Cidinho Caetano e Ditinho da Cofermaq.
Esporte Clube Tigrinho de São José dos Quatro Marcos
           Em pé da esquerda para a direita: Lim Barbosa, Genivaldo, Ramon, Branco (Trabalha com caminhão de Tora), Denir (tinha uma loja de móveis), Siqueira e Domingos Delegado(Técnico). Agachados da esquerda para a direita: Pimenta, Zé Carlos Manah, Testa, Totó Barbosa e Zaqueu.

Pista de Atletismo de Quatro Marcos

         Em 1.993 foi iniciada a construção da Pista de Atletismo Nelson Prudêncio em São José dos Quatro Marcos. Atualmente ela está desativada e é utilizada apenas para caminhadas e corridas no parque de diversões.
         Os recursos para sua construção foram alocados pelo então presidente da Câmara de Vereadores Aristides de Andrade Junqueira Neto.
         Atuando como professor de educação física e técnico de atividades de atletismo, Aristides Junqueira projetou o município no cenário estadual, nacional e mundial ao participar de competições internacionais.
         Foi de São José dos Quatro Marcos que saiu a atleta Maria Aparecida Barbosa de Souza (salto triplo, salto em distancia e corrida) para as Olimpíadas de Atlanta.
Foto: Arquivo Ivani Botelho.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Carreador dá lugar à rua em expansão populacional em Quatro Marcos

         Na década de 1.970 muitas plantações chegavam até o aglomerado de casas e comércios que formavam o distrito de São José dos Quatro Marcos. Em 1.972, nas terras de Luiz Barbosa, um dos três fundadores, existia vários carreadores com plantações da época dos dois lados.
         Com o aumento da população e a expansão do distrito vários desses carreadores foram dando lugar às ruas e um deles se tornou a atual Rua dos Estados vista da Rua Minas Gerais. Na esquina situa-se a COOPEQ.

         Na época onde é a Coopeq era a plantação de arroz e, do outro lado, plantação de milho. Na foto Luiz Barbosa, um dos três fundadores de São José dos Quatro Marcos e quatro de seus filhos: Antônio Augusto Barbosa, Paulo Roberto Barbosa, Valdecir Barbosa e Luiz Carlos Barbosa.

Chegada do hospital doutor Guilherme em Quatro Marcos

         Foi no ano de 1.976 que o primeiro hospital surgiu em Quatro Marcos. Havia um grande casarão de madeira, construído com a finalidade de ser um hotel, inclusive funcionou por algum tempo.
         Com a desativação do hotel o prédio deu lugar ao primeiro hospital de São José dos Quatro Marcos. Foi nele que doutor Guilherme se instalou como unidade hospitalar atendendo a população local, enquanto dava início à construção do atual hospital que leva seu nome. O casarão ficava na Rua Rio Grande do Sul, em frente aos fundos da Prefeitura Municipal.
         Em meados de 1977 foi inaugurado o prédio do Hospital Doutor Guilherme Pinto Cardoso. Antes o hospital funcionou por um ano e meio num casarão de madeira que ficava na rua Rio Grande do Sul, em frente aos fundos da Prefeitura Municipal.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Primeira unidade escolar e o início do povoado de São José dos Quatro Marcos

         Foi no ano de 1.966 que Luiz Barbosa, um dos três fundadores do município, cedeu terreno para a construção da primeira escola de pau-a-pique com cobertura de pequenas tábuas, material muito usado na época. Chamava-se Escola Rural Mista Duque de Caxias e localizava-se na área central do povoado, precisamente numa das conjunções das atuais avenidas São Paulo e Doutor Guilherme Pinto Cardoso.
         A construção dessa escola foi em mutirão. Fidélis José de Souza, um dos pioneiros que trabalhou na obra, elogiou o companheirismo e a luta pelo trabalho em equipe e relembrou a festa de inauguração e o esforço dos primeiros a lecionar aulas.
         Conforme Fidélis, onde existia os quatro marcos separando os lotes de terras de Zeferino José de Matos, Luiz Barbosa e Miguel Barbosa do Nascimento, passava uma picada que dava acesso a Mirassol D`Oeste. Uma outra picada partindo desta, dava acesso a vários sítios da região, no sentido do atual distrito de Santa Fé D´Oeste. No mais, era tudo mata virgem.
         Foi ao lado dessa encruzilhada de picadas, partindo dos quatro marcos, que abriram a clareira para construir a escolinha para atender as crianças dos sitiantes e famílias que chegavam de várias partes do Brasil na região. Houve uma pequena festa de inauguração da escola, nada mais que isso. Era o dia 15 de junho de 1.966. E os quatro marcos era apenas uma referência de localização da escolinha.

         Agenor Paulino, filho de Manoel Paulino, foi quem deu aulas nos primeiros dias. Ele pediu afastamento porque tinha que retornar para a casa de seus avós no estado de São Paulo. Os avós foram as pessoas com quem fora criado.
         Em seu lugar assumiu Francisco Paulo de Brito para dar continuidade às aulas, no entanto, antes do término do ano letivo, precisou retornar para o sitio de seu pais para ajudar nas lavouras, interrompendo-se as aulas.
         Mas logo no ano seguinte, 1.967, a escolinha reabriu. Os professores desta feita foram Inivaldo Mila e Maria Luíza Barbosa Alfredo. Ao completar um ano de funcionamento da escolinha, programou-se uma festa de aniversário. Desta vez com grande participação dos moradores, que haviam aumentado pelos sítios da região.
Maria Luíza e Inivaldo Mila
         Fidélis relembrou a grande mobilização de pessoas para realizarem a festa de aniversário da escola. Comidas típicas da localidade como batata, pipoca, bolo, quentão, pão com carne moída, entre outros, e apresentações culturais diversas. Entre elas, o casamento caipira, pau-de-sebo, cantores locais, apresentações teatrais, bailes, desfiles de carrinhos de tração animal alegóricos e fanfarra.
Chegada do casamento caipira

Competição do pau-de-sebo

Hora do casamento caipira

Carro alegórico dos cangaceiros
         A fanfarra que se apresentava era da banda do exército de Cáceres. Os carrinhos alegóricos eram enfeitados com plantações das roças. Eram arrancados pés de café, de milho, de arroz e moitas de bananas, colocadas nos carrinhos enfeitados que depois eram puxados em desfiles pelos animais. A festa durava três dias.
         Foi nessa festa de um ano da escolinha que, estando reunidos Zeferino, Miguel Barbosa, Luiz Barbosa e outros pioneiros da localidade, que surgiu a ideia de escolher um santo para ser o padroeiro. E escolheram São José. Como Zeferino tinha o sonho de construir uma cidade naquela região, optou-se por ser ali: São José dos Quatro Marcos. Este dia era 15 de junho de 1.967.
         Zeferino José de Matos possuía 30 alqueires de terra no sentido centro para o atual bairro Zeferino 1 e havia adquirido outros 60 alqueires do senhor Nonato (que morava em São Paulo). Estas terras ficavam no centro, sentido da atual praça dos Bandeirantes.
         Já Luiz Barbosa possuía 50 alqueires, partindo do centro para o atual bairro Zeferino 2. O que possuía menor proporção de terras era Miguel Barbosa do Nascimento, sendo 5 alqueires partindo do centro para o atual distrito de Santa Fé D´Oeste.
         Os três fundadores doaram 11,02 alqueires de terras para loteamento, os quais eram doados para as pessoas que quisessem se instalar para iniciar o núcleo habitacional de São José dos Quatro Marcos, sendo Zeferino o maior doador de lotes.

Faculdade de Quatro Marcos - FQM

         No ano de 2.002, um grupo de empresários liderados pelo professor doutor Júlio César André, criou a EDUCARE: Gestão de Educação Ltda, uma mantenedora de estabelecimentos de ensino superior e congêneres, iniciando assim, o processo de implantação da Faculdade de Quatro Marcos.
         Durante as festividades de comemoração do 35º aniversário do município de São José dos Quatro Marcos, foi lançada a Pedra Fundamental juntamente com a exposição da maquete do projeto do campus.
             Foto:Sede da FQM em São José dos Quatro Marcos. (2011).