segunda-feira, 6 de agosto de 2018

A criação do Distrito de Santa Fé em Quatro Marcos

         Após a emancipação política e administrativa o município de Quatro Marcos passou a contar com dois povoados, sendo eles o de Aparecida Bela e o de Santa Fé. Mas no mesmo ano em que Antônio Alvarez assumiu como administrador esse quadro mudou, visto que o deputado estadual Jalves de Laet, que era de Rio Branco mas representava a região, apresentou projeto de lei na Assembleia Legislativa de Mato Grosso requerendo que o povoado de Santa Fé fosse elevado a distrito.
         O projeto de Jalves de Laet obteve êxito e o governador do Estado de Mato Grosso, Frederico Soares Campos, assinou a Lei Estadual nº 4378/81 de 06 de novembro de 1981, criando o Distrito de Santa Fé no município de Quatro Marcos. O parágrafo único dessa lei especificava qual seria as divisas do distrito recém-criado.
         "O Distrito de Santa Fé, com sede no povoado do mesmo nome, ficará compreendido dentro dos seguintes limites: tendo seu ponto de partida na margem direita do Rio Cabaçal, defronte à barra do Córrego São Miguel; daí, descendo pelo Rio Cabaçal, até a barra do Rio Branco; daí, por uma linha reta, rumo noroeste-sudeste, até encontrar o Rio Bugres, na divisa com o Município de Mirassol D’Oeste; daí, subindo pelo Rio Bugres até a barra do Córrego Grande; daí, subindo por este até a linha divisória, com o Município de Araputanga; deste ponto por uma linha reta, rumo sudeste-noroeste, até a barranca do Rio Cabaçal defronte à barra do Córrego São Miguel, no seu ponto de partida".
Visão aérea do distrito de Santa Fe, 2018

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

O sonho quase real de se ter um campus da UFMT em Quatro Marcos

         Foi no dia 19 de outubro de 1993 que aconteceu uma audiência na Câmara de Vereadores de São José dos Quatro Marcos para discutir a aquisição de terreno pela municipalidade com a finalidade de se instalar uma universidade. A reunião contou com autoridades locais e regionais, além de pessoas do setor educacional. Na ocasião se fez presente o professor Alceu Vidoti, representando a então reitora da UFMT, Luzi Guimarães, que anunciou:
         “Estamos aqui em Quatro Marcos a pedido da reitora da Universidade Federal de Mato Grosso, exatamente para decidirmos a área onde vai ser implantado o campus da UFMT. Esta cidade foi um dos seis municípios escolhidos para fazer o programa de interiorização. Os outros são Primavera do Leste, Nova Xavantina, São Félix do Araguaia, Juara e Juína.
Prefeito Reinaldo Botelho e Luiz Guimarães, da UFMT
         Quatro Marcos foi escolhido por ter um polo promissor e já ter sediado vários cursos para professores. O primeiro passo agora é efetuar a compra da área para a partir do próximo ano a universidade estar em pleno funcionamento. Os cursos devem ser escolhidos de acordo com as necessidades da região”.
         Cerca de dois meses depois o jornal da cidade (Jornal Verdade - 12/11/1993), anunciava que havia sido adquirido uma área de três alqueires de terra nas proximidades da Pista de Atletismo, a um custo aproximado de quatro milhões de cruzeiros reais para futura instalação do Campus da Universidade Federal.
         O terreno fora adquirido pela prefeitura municipal de São José dos Quatro Marcos, através de uma campanha lançada em parceria com entidades filantrópicas e apoio maciço da população. Anunciava também que o terreno seria pago ao término de uma campanha que se encerraria com um grandioso leilão de gado. O prefeito Reinaldo Botelho convidava a todos para participar do leilão que aconteceria no dia 21 de novembro de 1993, nas dependências da Aguá Limpa Leilões.
         Com a posse do terreno o Executivo e Legislativo Municipal aprovaram a Lei nº 488/94 de 20 de abril de 1994, que dispunha sobre a doação de terreno para a UFMT, a qual teria prazo de um ano para iniciar suas atividades no município.
         Art. 1º - Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a doar uma área de terra com 07,4721 hectares localizado no perímetro urbano desta cidade, conforme memorial descritivo anexo, para a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
         Com o terreno já como propriedade da UFMT foi programado o dia do lançamento da pedra fundamental de construção do campus. A placa da obra anunciava que seria construído um Centro Universitário em São José dos Quatro Marcos com recursos do Ministério da Educação, UFMT, Prefeitura Municipal e Comunidade.
Solenidade de lançamento da Pedra Fundamental da UFMT
         Foi alugada uma residência para ser a Casa dos Professores da UFMT, visto que seria ofertado já a partir do ano seguinte uma turma no curso de Ciências Contábeis (1995-1999) e outra turma no curso de Educação Física (1996-1999). Os dois cursos aconteceram em salas de aulas da Escola Estadual Bertoldo Freire. Concluída as turmas, não se ouviu mais falar no assunto. E a tão esperada obra para instalação do campus da UFMT não saiu do papel.
Solenidade de inauguração da Casa dos Professores da UFMT
         Com um novo grupo educacional interessado em se instalar no município, o prefeito Antônio de Andrade Junqueira consegue a aprovação da Lei nº 952/02 de 31 de maio de 2002, que revoga a doação do terreno para a UFMT e a reverte para o patrimônio público municipal. A justificativa para a revogação da lei foi em decorrência do não cumprimento por parte da beneficiada em iniciar suas atividades no prazo estipulado.
         Assim, através da Lei 954/02 de 31 de maio de 2002, o município de São José dos Quatro Marcos doou novamente as terras para instalação de um núcleo educacional. A doação desta feita foi para a EDUCARE Gestão de Educação Ltda., que implantou a Faculdade de Quatro Marcos (FQM).
Instalações da Faculdade de Quatro Marcos, uma realidade

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Vereadores da Primeira Legislatura de Quatro Marcos

         A primeira legislatura do município de Quatro Marcos foi eleita para a gestão (1983-1988) e era formada por 09 vereadores eleitos e 02 suplentes que assumiram o cargo: Reinaldo Botelho, Antônio Vasconcelos, Dirceu Cardoso Portes, João Siani Batista Neto, Valdivino Alves de Souza, Euclides Egídio Martins, Elpídio José de Oliveira, José Valverde Filho, Jair Delbem, Antônio Buzatti e Waldemar Horn.










O primeiro projeto de lei do Executivo criava secretarias municipais em Quatro Marcos

         Com a eleição popular do primeiro prefeito municipal Durvalino Peruchi e seu vice-prefeito Salvador Garcia Gamarra, foi montada a organização administrativa para ajudar o prefeito na condução dos destinos do novo município do estado de Mato Grosso.
         A primeira lei elaborada pela administração de Durvalino Peruchi foi a Lei nº 004/83 de 24 de março de 1983, que dispunha sobre a criação de secretarias municipais na prefeitura de Quatro Marcos. Essa lei foi oriunda do projeto de lei nº 001 de 07 de fevereiro de 1983.
         Ela criava as secretarias de Administração, Fazenda, Educação e Cultura e a de Viação e Obras Públicas, sendo que os cargos seriam preenchidos conforme necessidades administrativas.
         Em sua exposição de motivos o prefeito Durvalino Peruchi disse que o projeto se tornava necessário visto que São José dos Quatro Marcos fora elevado à categoria de município a partir de 1º de fevereiro de 1983, passando a contar com os poderes Executivo e Legislativo e que tais secretarias iriam facilitar o bom andamento dos negócios da municipalidade e atendimento da coletividade.
Poder Executivo Municipal de Quatro Marcos – agosto de 1986
Prefeito
Durvalino Peruchi
Vice-Prefeito
Salvador Garcia Gamarra
Chefe de Gabinete
Isaias Freitas Rocha
Setor de Administração
João Claret Donadel
Setor de Educação e Cultura
Luiz Valter Colarino
Setor de Finanças
Orivaldo de Paula Chagas
Setor de Obras
José Ortega Tomé
Setor de Máq. e Equipamentos
Zeri dos Santos
Assessoria Jurídica
Doutor Paulo Guilherme da Silva

O Hospital Público Municipal e o sonho da população de Quatro Marcos

           O município de São José dos Quatro Marcos recebeu em meados de 1991, na primeira administração do prefeito Carlos Pirota Neto, a visita do então assessor econômico da secretaria de Saúde doutor Ivoni Carneiro de Moraes e do engenheiro civil do departamento de Obras doutor Joel Monte da Cruz, representando o governador da época Jayme Veríssimo Campos. Portavam a notícia de que havia sido liberado Cr$ 187 milhões de cruzeiros pelo Estado de Mato Grosso para construir e equipar um Hospital Municipal local, com capacidade de 25 leitos.
           A pedido do governador e do secretário de estado de Saúde os técnicos aproveitaram para levar do prefeito a autorização para início das obras, bem como a cessão dos direitos do terreno para a construção do hospital. Os Cr$ 187 milhões de cruzeiros liberados eram recursos iniciais para a efetivação da primeira etapa da obra.
Carlos Pirota analisa documentos com representante do Governo
           A construção de um hospital público no município era promessa de campanha ao cargo de prefeito encampada por Carlos Pirota Neto, que desfilou pelas ruas da cidade com caminhões carregados de tijolos. Depois foram expostos em um terreno de sua propriedade em frente à Praça dos Bandeirantes. Naquela época o município possuía dois hospitais particulares e a possibilidade de se ter um hospital público causou alvoroço no meio político e populacional.
           O hospital municipal de São José dos Quatro Marcos foi inaugurado no dia 15 de junho de 1994, já na administração do prefeito Reinaldo Botelho. A solenidade contou com a presença da equipe do governador Jayme Campos e foi animada pela Banda do Exército de Cáceres. A lei que dispõe sobre a criação do hospital Municipal é a Lei nº 506/94 de 08 de julho de 1994, que diz em seu artigo primeiro:
Art. 1º - Fica criado o Hospital Municipal de São José dos Quatro Marcos que tem por objetivo ampliar a capacidade de leitos hospitalares e contribuir com a melhoria no atendimento à saúde da municipalidade.
Mas os sonhos políticos com frutos advindos dessa benfeitoria não paravam por aí. Nesse mesmo ano (1994) Carlos Pirota Neto se candidata a deputado estadual e sua principal bandeira era que o hospital municipal atenderia a população de toda a região. Perdeu a eleição por 317 votos, ficando na segunda suplência.
Solenidade de inauguração do Hospital Municipal

           Com os municípios colocando seus pacientes para serem atendidos pelo hospital municipal de São José dos Quatro Marcos, sem custo algum, as despesas foram recaindo sobre a administração do prefeito Reinaldo Botelho, que a muito custo mantinha o hospital funcionando. Botelho havia sido apadrinhado por Carlos Pirota Neto para chegar ao poder, já que não havia reeleição para mandato consecutivo. Pirota seria novamente candidato a prefeito em 1996, último ano da administração de Reinaldo Botelho.
           Vencidas as eleições por Carlos Pirota Neto para o mandato (1997–2000), após diálogos com os municípios para dividirem as despesas não obter resultados positivos, a alternativa para equilibrar os gastos públicos com a Saúde do município de São José dos Quatro Marcos foi determinar o fechamento do hospital Municipal, o qual passou a funcionar apenas como pronto atendimento.
          Mais recentemente o prefeito Ronaldo Floreano dos Santos (2017–2020), com apoio do deputado federal por Mato Grosso Valtenir Pereira, vem buscando caminhos para a reabertura do hospital municipal para atender as demandas. Para tanto, Valtenir destina emendas parlamentar de sua autoria para reformas e aquisições de equipamentos.
Jaime Campos e Reinaldo Botelho em visita ao Hospital

Solenidade de Inauguração do Hospital Municipal

Finalização das obras do Hospital Municipal

sábado, 28 de julho de 2018

Show de beleza e harmonia nas festas de aniversário do passado

         As festividades culturais do aniversário de São José dos Quatro Marcos, com shows de beleza de seu povo nos desfiles, a harmonia das fanfarras perfiladas e a ostentação orgulhosa de suas riquezas, tradições e costumes expressados nos carros alegóricos remontam dos anos de fundação.
         Essas deslumbrantes comemorações cívicas, após a emancipação política, passaram também a expressar intrinsecamente os sonhos e as cobranças da população para as autoridades. Eram manifestações belas, preparadas com patriotismo. Até a presença do governador do Estado e sua equipe era presença certa todos os anos.
Passagem de carro alegórico em frente ao palanque das autoridades
         Cada grupo se preocupava em organizar alguma coisa. Se envolviam nas festividades cívicas as autoridades, clubes de serviços, associações, sindicatos, munícipes, comunidade educacional com seus funcionários, diretores, professores e alunos. Era tudo por amor ao município. As pessoas se doavam com emoção e a população curtia cada momento único nas ruas, avenidas e entorno da Praça dos Bandeirantes. E depois tinham estórias para contar e comentar até o ano seguinte.
         A evolução das fanfarras com seus trajes de gala, as alegorias apresentadas e o entusiasmo da população presente, que mesmo sob um sol escaldante prestigiavam e não arredavam o pé até a última apresentação, deixavam bem claro o tamanho do patriotismo e civismo daquele povo. Várias das apresentações levavam o público ao delírio, pela beleza e harmonia e pelas alegorias requintadas questionando a sociedade com a relevância de seu tema.
Passagem da fanfarra em frente ao palanque das autoridades
         As reivindicações eram sutis e diretas, buscando mexer com a consciência do homem sobre assuntos de suma importância para a sociedade como Educação, Saúde, crianças carentes e abandonadas, produção agrícola e preservação do meio ambiente. Essas cobranças garantiam o cunho educativo e aproximava o povo quatromarquense de sua própria história de luta, de sofrimento, mas também de solidariedade, de hospitalidade e de cidadãos de bem.
         As autoridades presentes assistiam a tudo de cima de um palanque e em seus discursos comprometiam-se com o desenvolvimento socioeconômico e cultural, sensibilizados pela manifestação espontânea de uma comunidade que buscava com fé e trabalho garantir um futuro melhor para suas crianças. Para que entendessem bem a mensagem cada equipe de alegoria, fanfarra ou grupo de pessoas desfilando, preparava um resumo da sua apresentação, a qual era narrada por um locutor no momento da passagem pelo palanque central.
         As comemorações tinham duração de três dias. Começavam com os cultos ecumênicos e congraçamento entre todas as igrejas do município e terminava com a realização da Corrida da Juventude. Durante o transcorrer das atividades a participação da população era incontestável. Ela ajudava os organizadores num clima de solidariedade, para que essa data marcasse definitivamente no íntimo do cidadão a crença na pujança desse município. Eles tinham a certeza de que São José dos Quatro Marcos caminhava para um futuro grandioso de progresso. Enfim, eles faziam a parte deles para que isso realmente acontecesse no futuro.
Passagem de alegoria em frente ao palanque das autoridades

sexta-feira, 27 de julho de 2018

A Independência de Quatro Marcos pelos olhos de Antônio Alvarez

         O processo de desenvolvimento de São José dos Quatro Marcos toma impulso em 1969 com a chegada de Antônio Alvarez. Com atitudes empreendedoras inaugura a primeira indústria para exploração e comercialização de madeira. Em seguida, funda a primeira empresa de transporte coletivo, a Expresso Palmeiras que posteriormente deu origem à empresa de ônibus TransJaó para atuar no transporte de pessoas pela região.
         Em 1972 foi eleito vereador por Cáceres para representar os interesses da população de São José dos Quatro Marcos. Mas foi em 1974 que junto com os senhores Primo Paro, João Pavim, Wilson Rigota, José Paro, Walter Rigota, Paulo Queiroz, Zeferino José de Matos, José Rosa Paes, João Guevara, José Antônio Lima e tanto outros, fundaram a Associação dos Amigos de São José dos Quatro Marcos. Alvarez assume a presidência da associação, desencadeando uma ferrenha campanha para a emancipação do município.
         Para a associação São José dos Quatro Marcos tinha todo o direito de se emancipar, inclusive porque os levantamentos que fizeram apontavam que o número de habitantes local era superior ao número de habitantes de Mirassol D´Oeste, mas mesmo assim, encontrava verdadeira resistência do município vizinho à sua pretensão de independência.
         Num processo polêmico e com uma batalha política acirrada a emancipação foi garantida através de um projeto de lei do deputado estadual Aldo Ribeiro Borges, que fizera o compromisso com a população de São José dos Quatro Marcos. Aldo Borges prometera que se a população o apoiasse politicamente, ele apresentaria o projeto de criação do município e o defenderia na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. O acordo garantiu a totalidade dos votos da população a Aldo Borges.
         Emancipado em 1979 o município de São José dos Quatro Marcos teve o seu primeiro prefeito nomeado pelo governador do Estado Frederico Carlos Soares Campos (1979 - 1983), que foi Antônio Alvarez. Ele assumiu o posto sem ter estrutura física e material para funcionamento da Prefeitura. Funcionando provisoriamente em prédio e instalações do Lions Clube, cedidas pelo seu presidente Gilson Alexandre de Alvim Coimbra, a primeira obra foi o levantamento das divisas do município feito pelo Instituto Nacional de Colonização e reforma Agrária (Incra), seguida de construção de estradas, escolas e centro de saúde.
         O enquadramento do município no programa do Polo-Noroeste deu um grande impulso para o desenvolvimento econômico. Na primeira administração foram inauguradas as agências dos bancos do Brasil, Bemat, Caixa Econômica Federal e ainda a Telemat e os Correios. Assim, o município estava sendo preparado para crescer e se desenvolver.
Ato de nomeação do Administrador Antônio Alvarez, 1981

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Surgem as contribuições no caminho do desenvolvimento

         Duas pessoas que também tiveram seus nomes arraigados na história de São José dos Quatro Marcos foi Manoel Paulino Gomes, natural de Sebastianópolis – SP e Antônio Alvarez, natural de José Bonifácio – SP.
         Manoel Paulino comprou, com o pai, uma área de terras da Colonizadora Paulo Mendonça, em 1961. Em maio de 1964 ele veio à Gleba Mirassol localizar sua área de terras e já em outubro desse mesmo ano, muda-se definitivamente para a região. Inicialmente ele estabeleceu-se na currutela de Mirassol D´Oeste, onde abriu um armazém para comércio de produtos de secos e molhados.
         Com a chegada de colonos para a região de São José dos Quatro Marcos, Manoel Paulino abre uma filial de seu armazém (o primeiro) para a venda de mantimentos e ferramentas de trabalho. Assim, ele estava dando o primeiro passo para a expansão comercial na região.
         De 1966 a 1967 foi nomeado pelo delegado regional de Cáceres como delegado de polícia em Mirassol D´Oeste. Essa era ainda a época em que os detentos eram presos pelos pés em uma corrente fixada nas árvores.
         Manoel Paulino também se aventurou na política, sendo candidato a vereador, participando ativamente no processo de emancipação de São José dos Quatro Marcos. Foi ele o doador do terreno que abriga o recinto da Festa do Peão. Como comerciante e cidadão quatromarquense contribuiu sobremaneira para o desenvolvimento do município.
Vista aérea do Recinto de Festas do Peão de Quatro Marcos
         Já Antônio Alvarez deu sua maior parte contributiva pelo campo da política, além de ter sido um empreendedor de industrialização de madeira. Se torna vereador por Cáceres, representando a região de São José dos Quatro Marcos; participada da criação de uma associação empreendedora com foco no desenvolvimento local; participa ativamente do processo de emancipação e se torna o administrador nomeado pelo governador do Estado para dirigir os destinos do município, enquanto não se acontece o processo para eleição do primeiro prefeito eleito.
Antônio Alvarez, Luiz Barboza e Padre Georges em 1978

A concretização do sonho de construir uma cidade

         Com a chegada de Zeferino José de Matos na região, piauiense nascido em 26 de agosto de 1908, proprietário de duas áreas de terras delimitadas por dois dos quatro marcos, toma impulso e emerge, de fato, o sonho de se construir uma cidade no meio da mata. Zeferino e seu filho Nilze José de Matos limparam o primeiro lote e retornando para casa conta à família que tinha vislumbrado uma grande cidade no local.
         Os trabalhos continuaram e o tempo foi passando. Vendendo e doando lotes Zeferino alimentava o sonho e objetivo de construção da nova cidade. Várias obras foram viabilizadas por Zeferino. Construção de colégio, praça, instalação do posto de Correios e a maioria das edificações públicas tiveram o terreno doado por Zeferino.
         Ele também dava assistência aos moradores da região, pagava do próprio bolso o salário do primeiro professor da escolinha, o qual depois desistiu, e ainda transportava os doentes em veículos de sua propriedade. Assim, Zeferino concretizou vários sonhos: viu a cidade crescer e presenciou sua emancipação; construiu o primeiro prédio e participou ativamente de todas as grandes conquistas do seu povo.
         Somente duas coisas esse bravo brasileiro não conseguiu realizar: ser prefeito da cidade que fundou, devido a problemas de saúde e seu estado avançado de idade, e ver finalmente a comarca de São José dos Quatro Marcos ser instalada.
Autoridades, Zeferino e Antônio Alvarez na década de 1980

O sonho de ver nascer São José do Paraíso

         O jornalista Luiz Carlos Bordin estava no início de sua carreira quando o pioneiro José Rosa Paes, Manoel Paulino, Zeferino José de Matos e Antônio Alvarez foram entrevistados para um especial sobre o município de São José dos Quatro Marcos que seria publicado na edição nº 01 do jornal local Voz Popular, que circularia no dia 15 de junho de 1991, em comemoração ao 24º aniversário de Fundação do Município.
         Foi no ano de 1964 que desembarcou no meio da mata virgem o senhor José Rosa Paes, 45 anos de idade, com toda a sua família, para fixar residência e trabalhar a terra na área que na época tinha o nome de Gleba Mirassol. Casado com Cinércia Lopes de Campos, veio com a determinação de aqui ficar e criar seus filhos.
         Chegando a Mirassol D´Oeste foi aconselhado que ali é que deveria estabelecer-se, visto que logo adiante, na Gleba Mirassol, só havia mato. José Rosa Paes não esmoreceu e posteriormente, com a informação dada por seu irmão Júlio Paes Landim, auxiliar do engenheiro Nelson Clementino, que fazia a medição e estabelecia os lotes, de que a terra era farta e fértil, encheu um tambor de 200 litros de água e seguiu em frente.
         Seis homens equipados de foice e machado abriram um carreador para passagem do caminhão com sua mudança. Chegando no local escolhido e necessitando de água, José Rosa Paes abriu o primeiro poço e construiu sua residência que ficavam na área de propriedade de Miguel Barbosa do Nascimento, para o qual trabalhava e começou a derrubada da mata para a formação da roça que garantiria o sustento de sua família.
Primeira casa construída por José Rosa Paes na Gleba Mirassol
         Em pouco tempo outras famílias já haviam se estabelecido nas imediações e tornou-se imprescindível a preocupação com a educação dos filhos. Então formaram uma comissão e foram a Cáceres, sede do município, pedir ajuda das autoridades que exigiram a construção de uma escola e a matrícula de no mínimo 25 crianças.
         Carregando madeira nos ombros, iniciaram a construção da escola, cobrindo-a com tábuas. Participaram dessa empreitada José Rosa Paes, Waldemar Carvalho e Gerônimo Marangão, contando ainda com a colaboração de muitos outros moradores e proprietários de terra.
         No meio a esse trabalho todo e com a falta de um “bolicho” para fazerem suas compras, os homens envolvidos na construção da escola começaram a antever o nascimento de uma vila e começaram a indagar qual seria o nome que melhor se adequaria. Então José Rosa Paes e Jerônimo Marangão chegaram a um acordo: São José do Paraíso. O nome do santo São José era devido ao nome de José Rosa. E Paraíso porque Marangão queria homenagear a exuberância e fertilidade do local.
         Mas outra necessidade se fazia premente. Deformação católica e devotos de São José, os moradores começaram a construir a primeira capela da região e que teve como altar um toco de árvore “garapeira”. Antes, porém, receberam a visita do padre Amadeus, que além de rezar a primeira missa fez os primeiros batizados e casamentos dos pioneiros. Foram batizados Arlindo Mazete de Carvalho e Izabel e casaram-se Arquimedes e Dona Helena.
         Em seguida, José Rosa Paes vai a Cáceres e pede ao pároco que inaugure a igreja recém-construída pela comunidade. Padre Elias vem e fica fascinado pela organização e beleza da obra coberta de telhas francesas, cobertura essa que era uma raridade na região.
         Com a sugestão de Padre Elias, já que à época havia se propagado o nome o nome de Quatro Marcos, ponto de referência dos limites das áreas de terras de propriedade de Miguel Barbosa do Nascimento, Luiz Barbosa e Zeferino José de Matos ficou estabelecido o nome de São José dos Quatro Marcos. Apesar do lugar ter um nome apenas como comunidade religiosa, o sonho de se ter uma cidade já vinha sendo cogitado por Zeferino José de Matos.
José Rosa Paes e a esposa Cinércia Lopes de Campos

sexta-feira, 29 de junho de 2018

A abertura para o Processo Migratório na região Sudoeste

Apesar do processo de globalização os habitantes do município de São José dos Quatro Marcos formam uma vasta diversidade cultural. Esta manifestação provém de pessoas determinadas, oriundas dos estados brasileiros, com uma soma de conhecimentos, costumes, crenças, hábitos, moral, e que acreditaram e acreditam neste chão e em sua vida nova.
Essa região compreendia o território de Vila Bela da Santíssima Trindade, nos tempos da capitania de Mato Grosso. Aqui habitavam os índios Bororo Cabaçais, denominação dada pelos Bandeirantes.
Para compreender o processo da expansão civilizatória na região Centro-Oeste é preciso saber que isso ocorreu devido a criação da Marcha para o Oeste, programa de colonização criado no primeiro mandato de presidente Getúlio Vargas (1934 – 1945) e implementado a partir de 1937.
Mas a colonização efetiva da região Sudoeste de Mato Grosso pode ser considerada um desmembramento da Marcha para o Oeste, a partir de 1960, visto que o governo do Estado, de certa forma puxou para si a responsabilidade de divulgar o Estado como celeiro de riquezas a ser conquistado.
Fernando Corrêa da Costa, então governador, (1961 – 1966), teve um discurso de chamamento dos paulistas para desbravar Mato Grosso, publicado no jornal O Estado de Mato Grosso, (1963), por ocasião de estar recebendo um título de Cidadão Paulistano.
(...). Nós aguardamos os dias de hoje e estamos felizes por esta quase obstinação, porque hoje nós já sentimos que os paulistas vão pular o Rio Paraná, com a sua experiência, com o seu patriotismo, com o seu dinheiro, com o seu poder econômico, que sem isso não há civilização possível. E lá nós estamos, paulistas, e digo em nome de todos os matogrossenses, e hoje paulistano também, aguardando de braços abertos a ajuda de vocês. Venham nos ajudar a desbravar a maior gleba preparada para receber uma civilização pujante, que é Mato Grosso. Venham povoar o pantanal, que é a maior reserva criatória de gado do mundo. Venham plantar nas nossas florestas. Venham trazer a Sorocabana até Dourados. Venham explorar, para riqueza vossa e nosso conforto, aquela mata de mais de um milhão de hectares de terras de primeira ordem, de terra roxa, igual à do Norte do Paraná, pois que a terra de Dourados não é mais que a continuação da terra do Norte do Paraná (...) venham para Cuiabá, e vamos conquistar a Amazônia através do Mato Grosso.
Confesso-me sumamente honrado. Agradeço, comovidamente, a homenagem que recebi nesta Casa e que levarei para todos os matogrossenses. Repito o meu apelo: venham, paulistas, ajudar no desenvolvimento de Mato Grosso.
(O Estado de Mato Grosso, 24/02/63, n° 4.236, p. 01).
O movimento colonizador teve início a partir de 1946, pela Comissão de Planejamentos de Produção (CPP), que agiram assessorando os empreendimentos de ocupação de terras na região de Cáceres. Mas o desbravamento efetivo da região Sudoeste, como já foi citado, só se deu a partir de 1960. Em 1962, o senhor Zeferino José de Matos negocia uma área de terras em Mato Groso, nas proximidades do município de São Luís de Cáceres, Mato Grosso.
Em 1964, o regime autoritário militar é implantado no Brasil. O governo visa uma política agrária voltada para a colonização de novas terras. O presidente general Castelo Branco promulga a lei nº 4504 de 30 de novembro de 1964, centrada no Estatuto da Terra, caracterizando a dinamização e incentivos fiscais à colonização da fronteira sul da Amazônia. Em seu artigo primeiro, diz que: “esta Lei regula os direitos e obrigações concernentes aos bens imóveis rurais, para os fins de execução da Reforma Agrária e promoção da Política Agrícola”.
É criado a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), abrangendo o estado de Mato Grosso. E a região é chamada de Portal da Amazônia. A SUDAM veio em substituição à Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA), autarquia criada pelo presidente Getúlio Vargas, em 1953, que tinha também por finalidade o desenvolvimento da região amazônica. A enciclopédia livre Wikipédia explana sobre as leis de criação da SUDAM:
“Em 14 de setembro de 1966, o Grupo de Trabalho da Amazônia, encaminhou ao presidente Castelo Branco, o projeto de lei votado pelo Congresso Nacional, que resultou na Lei nº 5.173, de 27 de outubro de 1966, extinguindo a SPVEA e criando a SUDAM, com outros mecanismos para agilizar a sua atuação e um estrutura diferenciada. Em 27 de outubro de 1966, o Presidente Castelo Branco sancionou a Lei nº 5.174, dispondo sobre a concessão de incentivos fiscais em favor da Região Amazônica. A Lei nº 5.174 era marcada pela liberalidade que conferia as pessoas jurídicas. Além da isenção de impostos de renda, taxas federais, atividades industriais, agrícolas, pecuárias e de serviços básicos, dava isenção de impostos e taxas para importação de máquinas e equipamentos, bem como para bens doados por entidades estrangeiras”.
A partir de 1960 intensifica-se o processo migratório para a região Sudoeste de Mato Grosso, sob a influência da forte propaganda de colonização dos governos Federal e Estadual. No início dessa mesma década é construída a ponte Marechal Rondon, sobre o rio Paraguai, favorecendo a travessia e a expansão agrícola, uma vez que isso só se podia fazer por balsa. Essa ponte se transformou no marco do desenvolvimento da região sudoestina de Mato Grosso.
Vista aérea da ponte Marechal Rondon, em Cáceres
No período de 1964 a 1984, homens trabalhadores destemidos fizeram o processo migratório, acreditando em uma nova vida nas futuras terras de São José.

quinta-feira, 1 de março de 2018

De abundante à quase extinção, a poaia faz parte da história de Quatro Marcos

           De acordo com o Álbum Gráphico de Mato Grosso, por volta de 1820, Cuiabá voltou a ser sede política e administrativa do Estado e Vila Bela entra em decadência. Neste período surgiu uma indústria doméstica que supriu a necessidade de produtos da terra como farinha de mandioca, arroz, feijão, açúcar, aguardente, azeite de mamona e algodão.
           Por volta de 1830 surge a extração da ipecacuanha ou poaia (Cephaelis ipecacuanha). Nesta época, José Marcelino da Silva Prado, explorando garimpos de diamantes nas imediações do Rio Paraguai, em região próxima à Barra do Bugres, observou que seus garimpeiros usavam, quando doentes, um chá preparado com raiz de arbusto facilmente encontrado à sombra da quase impenetrável floresta da região.
           Tratava-se da “poaia”, que era antiga conhecida dos povos indígenas, que tinham repassado seu conhecimento aos colonizadores. Curioso e interessado, o garimpeiro enviou amostras da planta para análise na Europa, via porto de Cáceres e Corumbá. Desta raiz é extraída a Emetina, substância vegetal largamente utilizada na indústria farmacêutica, principalmente como fixador de corantes, expectorantes, antiamebicidas e anti-inflamatórios. Constatado oficialmente seu valor medicinal, iniciou-se, então, o ciclo econômico da poaia, de longa duração e grandes benefícios para os cofres do Tesouro do Estado.
           Esta planta é extremamente sensível, abundando em solos de alta fertilidade sob árvores de copas bem formadas. Seus principais redutos eram áreas dos municípios de Barra do Bugres e Cáceres. A princípio, os carregamentos seguiam para a metrópoles via Goiás, depois passou a ser levada por via fluvial, com saída ao estuário do Prata. Os poaieiros eram os indivíduos que se propunham a coletar a poaia.
           O poaieiro surgiu em Mato Grosso em fins do século XIX, e foi responsável pelo surgimento de núcleos de povoamento no Estado, graças à sua atividade desbravadora, sempre à procura de novas “manchas” da raiz da poaia. Porém, o próprio poaieiro decretou o (quase) fim desta cultura durante as décadas de 1960 e 1970, pois os “catadores” da poaia somente extraíam as plantas, não faziam o replantio, não seguindo o exemplo dos povos indígenas que, ao subtraírem as raízes da ipeca, as replantavam, garantindo, assim, a perenidade do vegetal.
           Outro fator que contribuiu para a escassez da planta foi o desmatamento desenfreado da região oestina de Mato Grosso, pois a poaia estava acostumada à sombra das matas úmidas, e sucumbiu ante a queda das árvores. A poaia chegou a ser o segundo contribuinte para os cofres da Província de Mato Grosso, devido a sua exportação principalmente para a Europa.
           A pesquisadora Celice Alexandre Silva, doutora em Botânica, estuda a poaia há anos e mantém no Campus da Unemat, em Tangará da Serra, um banco de germoplasma de sete populações de poaia oriundas dos municípios mato-grossenses de Barra do Bugres, Cáceres, Denise, Nova Olímpia, São José dos Quatro Marcos, Tangará da Serra e Vila Bela da Santíssima Trindade.

Reboleira de poaia no banco de germoplasma da Unemat

Reboleira de poaia no banco de germoplasma da Unemat
Fonte: wwww.portalmatogrosso.com.br

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

O Grupo Ritmos e a criação do Centro de Dança

           Em 1998 surgiu na comunidade São João Batista um grupo composto por 26 catequistas que animavam as celebrações religiosas com danças, acolhimento, teatro e expressões corporais. Entre 2001 e 2003 os trabalhos foram expandidos e passou a atender crianças e adolescentes do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).
Primeira apresentação do Grupo Ritmos Dance em 2002
           Mas foi a partir de 2003 que crianças e adolescentes atendidas pelo grupo resolveram dar continuidade às apresentações de danças desvinculadas dos programas sociais. E foi assim que surgiu o grupo Ritmos Dance de São José dos Quatro Marcos. Ele passou a ser um grupo independente, mantido por seu coordenador Luiz Carlos Bordin.
           As meninas foram se destacando com a realização de inúmeras apresentações regionais, chegando à Mostra de Dança de Mato Groso e o Fórum Estadual de Dança. Pelo grupo passaram, até 2010, cerca de 150 crianças e adolescentes, recebendo sempre o benefício cultural que a dança propicia.
Apresentação do Grupo Ritmos Dance em Cuiabá - 2007
           Em 2007 uma das adolescentes ganha uma bolsa de estudos no Ballet Caroline de Cuiabá, mas somente em 2008 ela consegue ir estudar. Lá, ela permaneceu por sete meses estudando ballet clássico.
           Ainda em 2007 o grupo inicia uma tentativa de expandir o ballet para o município e região. Contratou profissionais que ministravam oficinas, no intuito de sensibilizar as pessoas sobre a importância do Ballet na vida das pessoas. Mas quebrar barreiras do preconceito e divulgar a arte da dança como meio de educação e cultura tornara-se as principais dificuldades, até porque as pessoas acreditavam que ballet clássico em municípios do interior era um sonho impossível.
Grupo Ritmos Dance no Cine Teatro Cuiabá em 2009
           Vencer preconceitos, discriminação social e financeira passara a ser uma árdua batalha. Não era fácil nem mesmo fazer a sociedade acreditar que ballet podia ser também para as classes de menor poder aquisitivo. Mas a frase “ballet é coisa de gente rica” começava a perder forças com a insistência do grupo.
           Em 2009 o diretor do grupo de dança assume a Cultura do município e apresenta a proposta de criação de um Centro de Dança para atender crianças e adolescentes com o ballet clássico. O prefeito da época, João Roberto Ferlin, adere à ideologia do grupo e autoriza a implantação da dança para atender alunos matriculados na rede pública municipal e estadual de ensino. O Resultado na vida das crianças e da sociedade começou a aparecer. Todos os dias a população via crianças andando pelas ruas vestidas com uniformes de bailarinas.
           E, desde então, no encerramento de cada ano letivo da dança, o Ballet Quatro Marcos apresenta o espetáculo anual que chegou na 9ª edição em 2017, tendo à frente das aulas Erivaine Ortega Campos, a aluna que fora estudar em Cuiabá.
Crianças do Centro de Dança Ballet Quatro Marcos

Adolescentes do Centro de Dança Ballet Quatro Marcos

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Galeria dos Prefeitos de São José dos Quatro Marcos

Antônio Alvarez (nomeado pelo Governador) -

Durvalino Peruchi - a 1988.

Carlos Pirota Neto - 1989 a 1992.

Reinaldo Botelho - 1993 a 1996.

Carlos Pirota Neto - 1997 a 2000.

Doutor Antônio de Andrade Junqueira - 2001 a 2004.

Doutor Antônio de Andrade Junqueira - 2005 a 2008.

João Roberto Ferlin - 2009 a 2012.

Carlos Roberto Bianchi - 2013 a 2016.

Professor Ronaldo Floreano dos Santos - 2017 a 2020.